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terça-feira, 30 de julho de 2013

Vão-se os pés, ficam os sapatos.

De acordo com a antiga tradição judaica, os sapatos de um morto não poderiam jamais ser calçados por outra pessoa.  Acreditava-se que se alguém calçasse os sapatos do falecido estaria desonrando sua memória ao tentar percorrer aquele caminho que foi unicamente seu, ou ainda, significaria que se estaria pisando sobre o morto.     
Atualmente, e, em consonância com este novo momento de alguns religiosos verdadeiramente preocupados com a pobreza e comprometidos com uma  proposta de vida digna para todos os homens, a doação dos sapatos passou a ser considerada como um destino honrado para este item do vestuário dos mortos.  Desta forma, como “tzedaká” (caridade sem saber a quem se está beneficiando) a memória daquele ente querido não seria maculada.
Com o falecimento de meu pai há poucos meses, assuntos desta natureza passaram a fazer parte de meu repertório.  Aliás, nesta oportunidade, após 52 anos de vida acho que foi meu primeiro e verdadeiro confronto com a morte.  Custei um pouco a entender as palavras tão sábias de meu filho, que quando da perda deste querido avô, declarou: “No que diz respeito à vida, somos livres para questionar as regras desse grande jogo, mas não de vivê-las. Graciosa e implacável, a natureza joga os seus dados - nos cria, nos transforma, nos une e nos separa. Uma grande ironia: um jogo de azar que permite ao jogador reconhecer a sua sorte.”

Pois então, hoje já entendo que a morte não está para brincadeira. Queiramos ou não, ela nos leva, ou àqueles que tanto amamos, de forma implacável.  Aos que restam no jogo, cabe decidir o que fazer com o que ficou, além da imensa dor, daquele pedaço que nos foi arrancado.  
No que diz respeito aos sapatos, minha família optou pela inutilização deles. Os queimei na churrasqueira que meu pai tanto amava.  A verdadeira motivação para este ritual não acredito ter sido a religiosa. Todos concordamos que seria mais apropriado ajudar os necessitados.  Entretanto, e, por via das dúvidas, acabamos sucumbindo ao medo de que aquele ente tão querido tivesse sua memória ou “repouso eterno” prejudicados de alguma forma, e que teríamos sido responsáveis por isto, pela escolha do destino que teríamos dado aos seus sapatos.
   Definitivamente, a morte conseguiu nos transformar em grandissíssimos covardes. 

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Bolachinhas da Vovó (Pletzalech)



      Com este frio que está fazendo, nada melhor que um lanchinho caseiro. Ainda mais neste mes de julho, em que as crianças estão em férias e, literalmende, dentro de casa! Esta receita era da minha avó, que as chamava de "pletzalech", que significa biscoitos em idishe (dialeto judaico). Minha mãe fazia e ainda faz, eu faço, e, com certeza, meus filhos também farão! 

Bolachinhas da vovó (pletzalech)

2 ovos
1 xicara de açúcar
1/2 colher de margarina
2 colheres de óleo
aproximadamente 500 g de farinha de trigo
1 colherinha de fermento para bolo.
açúcar e canela para polvilhar

Bata os ovos, o açúcar, a manteiga e o óleo. Acrescente a farinha aos poucos e o fermento. Vá mexendo, inicialmente com a colher e depois com a mão (sovando). Coloque farinha até o ponto de poder abrir a massa com um rolo em uma superfície enfarinhada. Com um cortador ou um copo, corte as bolachinhas. Disponha em forma untada e polvilhe com açúcar e canela. Leve a assar em forno pré aquecido baixo, 150º, para que não queimem.



quinta-feira, 11 de julho de 2013

Votos para ficar mais feliz na cozinha!

       Esta receita que segue está concorrendo a um prêmio que, se for meu, vai me deixar super feliz! Peço aos queridos visitantes deste blog que me ajudem a conseguir ganhar uma cozinha novinha! Para isto, basta clicar no link abaixo e votar.
Desde já, muito obrigada!


http://www.receitastelasul.com.br/receita/81#.Ud8EAfAlnJI.facebook





segunda-feira, 8 de julho de 2013

Mousse de Atum no Copinho

        Adoro encontrar novas aplicações para antigas receitas. Esta mousse de atum costumo preparar em forma grande, e até já publiquei aqui no blog. Fez o maior sucesso. Desta vez, distribui a mousse em pequenos copos e decorei com tomate cereja e manjericão. Ficou linda, prática e deliciosa! Uma  perfeita opção para a entrada de seu almoço ou jantar ou ainda para compor um coquetel bem descontraido.

Mousse de Atum

02 latas de atum ralado com o óleo
01 xícara de maionese light
01 xícara de creme de leite (pode ser light também)
1/2 xícara de ketchup
04 colheres de mostarda
01 pacotinho de gelatina incolor sem sabor previamente hidratada com 5 colheres de água fria e dissolvida em banho maria até que fique líquida (cuide para não ferver)
sal e pimenta em pó que bastem

Bata todos os ingredientes no liquidificador. Distribua em potinhos e leve ao refrigerador. Estará pronto em apenas 1 hora. Decore e sirva!