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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Bolo de Mel. Para que tenhamos todos, judeus e não judeus, uma ano bem doce.


O Ano Novo Judaico, conhecido como Rosh Hashaná, é um dos feriados mais significativos da religião judaica.  Tão difundido culturamente, podemos observar que nesta época, judeus e também não judeus cumprimentam-se e reciprocamente desejam o doce início do novo ano . Por isto, achei oportuno utilizar este espaço para falar um pouco mais sobre a data, seu significado e origem. Certamente, que não poderia faltar algo relativo à culinária específica. Nada mais significativo do que o bolo de mel, presente em, todas as mesas da comemoração.
Ao contrário das celebrações dos finais de ano convencionais, comemorados com muitas festas e queimas de fogos, esta passagem da mística judaica envolve uma profunda meditação sobre o passado, durante a qual se faz um balanço de tudo que passou no ano que ficou para trás, o que se concretizou, o que se deixou de realizar, como se agiu, de que forma se poderia ter atuado, entre várias outras questões existenciais. A partir daí, planeja-se um período melhor no futuro, as pessoas têm a chance de avaliar seus erros e se redimir de seus pecados diante de Deus.
Esta festa é realizada com refeições tradicionais em família, geralmente acompanhadas de maçã e mel. O Rosh Hashaná é um dos dois Grandes Feriados do judaísmo. O outro é uma seqüência deste, o Yom Kipur, que se inicia dez dias depois do Ano Novo Judaico. Juntos, eles tecem o que se conhece como a era dos Grandes Feriados.
De fato, o Rosh Hashaná abrange quatro eventos que se interconectam: o Ano Novo judaico, o dia do julgamento, o dia da lembrança e o dia do toque do shofar. Estes acontecimentos estão essencialmente ligados à criação do Homem, a qual, segundo o Talmud, teria se concretizado no primeiro dia do mês chamado de Tishrei. Assim, este evento marca o dia em que essa geração se processou, como se a cada ano se reciclasse este ato criador, oferecendo a todos a oportunidade de se renovar e de se purificar, conquistando assim um novo recomeço.
Assim que os judeus fugiram do Egito, o Criador transmitiu a Moshe Rabenu as leis que se referem ao princípio de cada mês, o qual normalmente ocorre simultaneamente ao nascer de cada nova lua. Desta forma, ao fim de um ciclo de 19 anos, os judeus acrescentam um mês a mais para contrabalançar o calendário lunar, mais curto. Aliás, o calendário da religião judaica, ao contrário do gregoriano adotado pelo Ocidente, foi estabelecido por Hillel II, em meados de 359, fundamentado não só no sol, mas também na lua.
Traduzindo, Rosh Hashaná significa ‘cabeça do ano’, uma referência à importância do cérebro para o Homem na estruturação de sua existência, mas ao contrário da tradição ocidental, ele não incide sobre o primeiro dia do ano judaico, portanto é mais representativo do que algo exato, preciso. É uma forma de oferecer a cada um o dia do julgamento, durante o qual o homem pode se decidir pela retificação de seus erros, por meio do arrependimento – teshuvah -, da oração – tfiloh – e da caridade – tzedakah. O judeu é valorizado em seu livre arbítrio, ele tem o poder da escolha que parte da consciência, detém o potencial de mergulhar em si mesmo e de perceber o que deve ser mudado. Ele então é ‘inscrito e selado no Livro da Vida’, saudação comum entre os judeus neste momento.
Os judeus acreditam que seus nomes são, neste período, registrados neste Livro da Vida. Aí entra a importância do Yom Kipur na seqüência, quando este Livro é selado. Enquanto este momento não chega, considera-se que o indivíduo está vivendo os dias de temor. O dia da lembrança marca a rememoração do quase sacrifício de Isaac, filho de Abraão, pelo próprio pai, a pedido do Senhor, ato de extrema subserviência a Deus, recordando assim a cada judeu a importância de servir ao Criador. O shofar é um instrumento de sopro construído com chifre de carneiro. O soar dele redesperta na memória dos judeus o episódio de Isaac, traz à mente a lembrança de uma coroação e também comemora a criação da Humanidade, além de despertar os judeus para a presença de Deus em suas vidas.
Durante os banquetes realizados ao longo de duas noites, os judeus costumam submergir a Chalá, pão particularmente trançado, e pedaços de maçã em mel, representando assim suas expectativas quanto a um ano doce. Tudo que é então consumido, de frutas a vegetais, têm não só um sabor especial, mas também uma simbologia específica. Ao se comer cada alimento, faz-se antes um pedido. Alguns destes desejos estão de certa forma associados ao nome da comida, em hebraico.

Obs: As informações acima são baseadas no descrito no site

Receita do Bolo de Mel (onek leikech)

Ingredientes
03 ovos
01 xícara de açúcar
02 xícaras de farinha de trigo
meia xícara de mel
meia xícara de azeite
meia xícara de café passado
100 g de passas de uvas brancas maceradas em meia xícara de cachaça
100 g de nozes ou castanhas do pará picadas
01 colherinha de bicarbonato de sódio
01 colher de sopa bem cheia de fermento em pó

Modo de fazer
Inicie por colocar as passas de molho na cachaça. O ideal é fazer isto no dia anterior. Bata os ovos com o açúcar até ficar um creme fofo. Adicione a farinha, o mel, o café e o óleo.  Junte as castanhas (ou nozes) picadas e as passas, colocando junto, a cachaça na qual estavam de molho. Por último, acrescente o fermento e bicarbonato. Leve ao forno 200º em forma untada e enfarinhada por aproximadamente 30 minutos, ou até que esteja assado (verifique introduzindo um palito).

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Maionese caseira, o sabor que faz toda a diferença.

Quem não gosta de salada de batatas com maionese? Quando criança, eu era apaixonada. Com o tempo, fui perdendo o gosto. Até que comi na casa de amigos uma salada igualzinha a da minha infância e me encantei novamente. Inicialmente não consegui entender o que aquela salada tinha de diferente. Aí soube a resposta. Era preparada com maionese caseira. Na minha casa (casa dos meus pais), desde o advento da maionese industrializada, nunca mais se fez maionese. Meu pai sempre teve muita preocupação com o emprego do ovo cru, da possibilidade de estar contaminado ou vir a desenvolver bactérias. Não que ele estivesse errado, mas o gosto, ah o gosto faz toda a diferença. E fazendo em casa, para consumo próprio e em seguida,  cuidando na seleção dos ingredientes, não há o menor problema. Calórica a maionese industrializadfa também é. Portanto, vale caprichar de vez em quando e incrementar a salada do domingo com aquele sabor especial. A receita é simples demais.

Maionese Caseira

02 ovos
01 colher de sopa de vinagre branco
01 colher de chá de mostarda
01 colher de chá de sal
1/2 xícara de óleo de oliva
Azeite, o quanto baste para dar o ponto.

Bata todos os ingredientes no liqüidificador, menos os óleos . Tire só a tampinha de cima  vá acrescentando, aos poucos, o óleo de oliva. Quando acabar, vá colocando o outro azeite, num fio, até que a maionese dentro do liqüidificador chegue no ponto que você desejar. Se quiser, pode adicionar salsa e/ou cebolinha picadas.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pasta Temperada de Atum. É vapt vupt!

Uma delíciosa opção para aperitivar, servir de entrada ou mesmo para o lanche, a pasta de atum é uma daqueles "coringas" que temos quando não há muito tempo para preparar alguma coisa. Sabe aquela visita que chega sem avisar?  Se você servir esta pastinha, vai pensar que estava  sendo esperada. Caprichando na apresentação, então,  com torradinhas ou pãezinhos variados, fica lindo e gostoso. Eu tenho sempre uma ou duas latinhas de atum na despensa.  Just in case...

Pasta Temperada de Atum

1 lata atum em pedaços
3 colheres de sopa maionese
2 colheres de sopa mostarda amarela
2 colheres de sopa aipo picadinho
2 colheres de sopa de picles (pepinos) picadinho
2 colheres de sopa de cebola roxa picadinha (passar água fervente)
Salsa e cebolinha

Misture bem todos os ingredientes, inclusive o líquido (óleo) que vem com o atum. Leve ao refrigerador e sirva. 


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sem mistérios, a beleza do cupcake antes e depois!


Mais de uma vez me pediram uma receita de cupcake que não se quebrasse quando retirado da embalagem, ou que ficasse grudado no papel, perdendo a beleza na hora de ser consumido. Felizmente, nunca tive esta experiência, pois, como o da foto, meus cupacakes ficam sempre inteirinhos e ainda super apetitosos. Desta forma, vou repetir a receita dos cupcakes de chocolate, que é praticamente a mesma receita do bolo de chocolate, já postada neste blog. Acho que o segredo para um resultado de um cupcake fofo e consistente é não exagerar no açúcar. Preencher as forminhas somente até a metade é também uma dica para que não escorram e se "colem" na parte externa do papel, o que compromete a estética do bolinho.

Cupcakes de chocolate (rende 24 unidades)

3 ovos inteiros
1 xícara e 1/4 de açúcar
1/2 xícara de chocolate em pó
2 xícaras bem cheias de farinha de trigo
1/2 xícara de azeite
1 xícara de leite
1 colher de sopa de fermento

Na batedeira, inicie por bater ovos e açúcar. Quando estiver bem fofo, acrescente o chocolate em pó. Aos poucos, vá juntando a farinha, alternando com o leite e o azeite. Por último, e mexendo com a mão, junte o fermento. Despeje até a metade de cada forminha e leve ao forno pré-aquecido a 180°  por aproximadamente 20 minutos ou até que cresçam e fiquem sequinhos. Utilize a cobertura que desejar. Os da foto estão cobertos com doce de leite. Você pode utilizar negrinho, chantilly ou outro creme de sua preferência.




domingo, 18 de setembro de 2011

A deliciosa simplicidade do Pudim de Leite Condensado

Existem algumas receitas que são quase uma unanimidade. O Pudim de leite condensado é uma delas. Simples de fazer, não há quem não conheça ou nunca tenha provado. Aliás, difícil encontrar um cozinheiro que nunca tenha feito. O segredo da minha receita é caprichar no leite condensado. Coloco sempre duas partes de leite condensado para uma de leite, sejam quais forem as quantidades.  

Pudim de Leite Condensado

Ingredientes:
02 latas de leite condensado
01 lata (utilize a medida do leite condensado) de leite
04 ovos
01 xícara bem cheia de açúcar

Modo de fazer:
Inicie por caramelar uma forma de pudim. Despeje a xícara de açúcar na forma e leve ao fogo. Não mexa, até que derreta por completo. Quando estiver derretido e bem dourado, espalhe pelas laterais e centro da forma. Reserve.
Bata os ovos, o leite e o leite condensado no liquidificador. Despeje esta mistura na forma caramelada. 
Feche a forma (as formas de pudim tem tampa) e coloque em uma panela com um pouco de água (banho-maria) e deixe ferver por 50 minutos. Desligue o fogo e deixe o pudim esfriar dentro da panela. Desenforme depois de bem frio. Leve ao refrigerador.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Rosbife com pimenta do reino e tomilho Para variar o cardápio.

Tem dias em que dá uma vontade de comer algo substancioso e que não dê muito trabalho para fazer. Normalmente  faço uma carne de forno ou um rosbife no final de semana. O segredo está em comprar um bom peso de carne macia, temperar direitinho e cuidar para que não asse demais. Esta receita de Rosbife com pimenta e tomilho é uma delícia e super fácil de preparar. Para acompanhar, um arroz branco e uma salada verde. Simples assim.

Rosbife com Pimenta do Reino e Tomilho

1.200 kg de filé mignon (pode utilizar alcatra)
01 colher de chá de pimenta do reino preta em grão
01 colher de chá de pimenta do reino branca em grão
01 colher de chá de tomilho
sal grosso
01 colher de chá de óleo de oliva

Moer grosseiramente as pimentas e misturar com sal e o tomilho. Pincelar a carne com óleo, envolvê-la com a mistura de sal grosso, pimenta e tomilho. Colocar em uma assadeira e levar ao forno com a temperatura de 200º por 25 minutos, tendo o cuidado de virar a carne depois de 12 minutos e meio. Depois de assada, esperar um pouco antes de cortar, para que fique rosada.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Os Morangos da Perdição do Professor Velloso



 O professor de Biologia Ricardo Velloso, do Grupo Educacional Unificado,   começou a se interessar pela gastronomia em 2001. Influenciado pela cultura gastronômica de alguns países que conheceu (principalmente os do Caribe, França e Tailândia) iniciou  o interesse pela magia da cozinha onde a partir daí realizou vários cursos: Curso de Novos do União Cooks, Cozinheiro em Alta Gastronomia com o chef Aires Scavone, curso de Risotos no ICIF (Instituto Italiano de Culinária para Estrangeiros, em Flores da Cunha), curso de Padeiro e Confeiteiro no SENAC, entre outros. Participou de concursos e teve receita selecionada e publicada no Caderno Gastronomia de ZH de setembro de 2006. Em novembro do mesmo ano, obteve publicação inteira no mesmo caderno (Risotos de Natal). Das suas receitas publicadas pelo caderno ZH Gastronomia, Beth Duarte publicou quatro em um livro chamado Sabores Contemporâneos, que é um resumo das principais receitas do ano que são publicadas no jornal Zero Hora e em 2008 teve uma de suas receitas publicadas na revista Alta Gastronomia de SP. Em 2007, Velloso ingressou no curso de Gastronomia da Unisinos e a partir daí não parou mais; deu aula de risotos na Blue Ville, realiza cursos de chocolate em São Paulo anualmente e desde então vem realizando eventos particulares, foi, ainda, estagiário do chef Rafael Jacobi, no Restaurante WOK. Para o blog, o Professor Velloso preparou uma receita especial, a irresistível sobremesa Morangos da Perdição.



Morangos da Perdição (serve 2 pessoas)

08 morangos inteiros e 02 cortados para decorar
02 fisális (para decorar)
02 cálices de licor de laranja  (contreau ou curaçao)
100 g de chantilly
100 g de calda de chocolate
05 collheres de sopa de açúcar
50 g de Nutella
50g de castanha de caju picada
50g de chocolate meio amargo  

Num recepiente, colocar os morangos cortados em 4, adicionar o açúcar e deixar macerando por uma noite.Derreter o chocolate meio amargo e mergulhar a taça de cabeça pra baixo para molhar somente a borda. Em seguida passar a taça num recepiente com castanha de caju picada para fazer a crosta e reserve.Misturar nutella à calda de chocolate morna e montar a sobremesa na hora de servir da seguinte forma:Coloque a calda de chocolate com a taça inclinada e girando para que ela escorra, acrescente no fundo da taça os morangos picados com um pouco da sua calda e o licor. Cubra os morangos com chantilly e por cima mais calda de chocolate e vá intercalando nessa ordem (morango, chantilly e chocolate) até encher a taça. Por fim, decore com um morango na borda da taça e uma fisális. Outras opções: use bastante a criatividade na decoração, usando folhas de hortelã e se quiser ousar, coloque também uma pimenta dedo de moça pequena cortada em 4 no sentido do comprimento, para dar aspecto de uma flor de pimenta. Faça um caramelo e mergulhe a fisális nesse caramelo, pois ela terá um aspecto muito brilhante. Substitua os morangos por frutas vermelhas (amora, mirtilo, framboesa) e se quiser uma versão NADA LIGHT, coloque por cima de tudo uma bola de sorvete de sua preferência e cubra com uma geléia de frutas também de sua preferência. E saia do regime pelo menos uma vez na vida...hehe.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Bolinho de peixe, passo a passo, a caminho de sua mesa.

O bolinho de peixe, "guefillte fish", é uma receita tradicional da culinária judaica. Prato obrigatório em todas as festividades, é relativamente fácil de fazer. As pessoas acham que é difícil, mas não é mesmo. Encontrei no youtube um vídeo explicativo com a receita, do centro da Cultura Judaica, editado pela Veja SP. Reproduzo abaixo, desejando ajudar aos meus visitantes nesta tarefa não tão árdua de fazer em casa seus próprios bolinhos de peixe. O ano novo judaico está se aproximando, quem sabe não é hora de colocar a mão na massa? Para assistir ao vídeo, clique no link abaixo.


Segue a receita por escrito.

Bolinho de peixe
1,5 kg de filé de carpa
1,5 kg de filé de traíra*
6 cebolas
6 ovos
2 col. (sopa) de azeite
2 col. (sopa) de água com gás
1 pitada de sal
1/2 xíc. (chá) de açúcar
Pimenta-do-reino branca a gosto
1 xíc. (chá) de farinha de matzá (ou de rosca)
*Compre os peixes inteiros e peça para cortar em filés. Guarde as cabeças e espinhas para fazer o caldo.
Caldo (para cozinhar)
4 talos de salsão em pedaços
3 cebolas inteiras
6 cenouras inteiras
Carcaça dos peixes (cabeças e espinhas)
Água (suficiente para cobrir a carcaça)
Sal e pimenta a gosto
Modo de preparo
Caldo
Em uma panela grande, coloque todos os ingredientes do caldo e deixe ferver por cerca de 20 minutos.
Coe e separe as cenouras. Corte-as em rodelas para que sejam usadas na hora de servir.

Bolinho de peixe
Num processador de alimentos, coloque as cebolas e os ovos e bata até obter um creme espumante.
Acrescente os pedaços de peixe previamente triturados e mexa bem. Passe a mistura para uma tigela grande e acrescente o azeite, a água com gás, o sal, o açúcar e a pimenta.

Agregue todos esses ingredientes e, por último, coloque a farinha de matzá (pão ázimo). Mexa com as mãos até dar liga. Deixe descansar na geladeira durante 1 hora.
Em seguida, umedeça as mãos com água e molde os bolinhos (que devem ter o mesmo tamanho de um ovo grande). Mergulhe-os no caldo de peixe e cozinhe por 45 minutos.
Escoe e coloque os bolinhos em um prato. Enfeite cada um deles com uma rodela de cenoura. Sirva frio.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O Marco Zero de cada um. Todos temos nosso apocalipse particular.



Impressionante o poder que temos sobre nós mesmos quando nos deixamos levar pelas marés de nossos sentimentos. Certamente que não me refiro apenas aos bons , aos nobres e enaltecedores. Estou já, há dias, tentando escrever sobre isto, mas a inspiração simplesmente não vinha. Sumiu por uns tempos, junto com minha alegria, vontade de produzir e encontrar os amigos. Tudo por conta de uma experiência difícil que vivi, na qual me percebi completamente invadida por sentimentos de impotência e tristeza. Levei uma goleada da minha fragilidade, que existe, eu sei, mas que sempre ficou ali, escondidinha e bem administrada , no último lugar da minha lista. Por conta de um problema de saúde, entendi que tudo aquilo pelo que lutei e me empenhei uma vida inteira poderia se perder em um segundo. Entendi, também, que a gente tem que aprender a dar real significado a tudo na vida. Em tempos de rememorar o fatídico 11 de setembro (de 2001), momento em que as pergunta da hora é : "Onde você estava naquele dia?" , me dou conta que cada um tem o seu próprio apocalipse. Eu, por exemplo, naquele momento, estava vivendo o fim do meu casamento. Outras pessoas estavam perdendo seus empregos, se descobrindo doentes, recebendo uma ordem de despejo, sendo vítimas da violência doméstica ou urbana. A grande lição que o atentado às Torres Gêmeas deixou, na minha opinião, é a de que pode, deve haver um marco zero após uma catástrofe de qualquer dimensão. Um novo começo, uma nova construção. A cada tragédia, uma  perspectiva diferente que se apresenta. A obrigatoriedade de refletirmos sobre os fatos que tanto nos abalaram nos leva a um inevitável crescimento. Se tivemos a sorte de sobreviver ao inusitado, o que nos resta senão recomeçar com mais consciência de que a vida deve ser muito mais valorizada e cada momento vivido muito mais intensamente? Rever valores, aprender a medir o que nos confere verdadeira luz e força na vida devem ser os alicerces deste novo marco zero. Quando estava me sentindo muito mal, o que mais lamentei (além de estar fora de minha casa e longe de meus filhos) foi estar distante da minha cozinha, de meu trabalho e das tarefas simples do dia a dia. Entendi, então, que o que realmente ilumina a minha vida não são grandes projetos ou eventos glamourosos. A minha felicidade está muito mais perto do que jamais supus. A ordem do dia agora é degustar cada pedacinho da minha rotina, abrir bem as janelas da minha alma e receber toda a luz que existe no universo. Conferir valor ao milagre de estar viva e perto de meus amigos. Infelizmente, outros 11 de setembro virão, pois a humanidade ainda tem muito a aprender e o rumo da vida é mesmo desgovernado. É necessário que aprendamos a focar as luzes nas pequenas mas imensuráveis coisas que dão sentido à nossa existência. Não são imprescindíveis grandes amores, eventos ou festas para que sejamos felizes. Cada um tem a obrigação de descobrir o que mantém sua chama interna acesa. E alimentar este fogo todo dia, na medida exata. Nem tão fraca para que não apague, nem tão forte para que não nos queime.  

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Muffins de Banana, uma ótima idéia para fazer e comer no feriado.

Pequenos bolinhos, preparados em porções individuais, os muffins se diferenciam dos cupcakes por serem sequinhos e não receberem cobertura. Ideais para o lanche ou chá da tarde, são deliciosos e de preparo muito simples. Ótimo para fazer com as crianças, que, desta forma, podem iniciar sua familiarização com a cozinha. Eles podem ser de sabores variados,  utilizando várias frutas frescas, assim como as secas (damascos, passas de uva) e sementes, como nozes, castanhas, amêndoas entre outras. A escolha do sabor e as combinações ficam por conta de sua preferência e criatividade.

Muffins de Banana

Para fazer os muffins, você irá precisar de 20 forminhas de papel encerado e o mesmo número de forminhas de alumínio tipo de empada.

Ingredientes:
03 ovos
01 xícara de açúcar refinado
1/2 xícara de açúcar mascavo
1/2 xícara de manteiga sem sal ou margarina
02 xícaras bem cheias de farinha de trigo
01 xícara de leite batido no liquidificador com uma das bananas.
01 colher de sopa de fermento para bolo
03 bananas caturras  maduras
açúcar e canela para polvilhar

Modo de fazer:
Bata as 03 claras em neve e reserve. Em outra vasilha, bata as gemas, os açúcares e a manteiga. Acrescente a farinha de trigo, o leite com banana e o fermento. Misture bem. Por último, junte as claras em neve, delicadamente.
Pré aqueça o forno em 180º. 
Posicione, dentro de cada forminha de alumínio, uma forminha de papel encerado. Preencha até 3/4 de sua profundidade com a massa. Depois que todas estiverem preenchidas, corte as bananas em rodelas finas e insira, verticalmente, dentro de cada muffin, duas ou três. Polvilhe com açúcar e canela e leve ao forno por aproximadamente 20 minutos, ou até que estejam secos e assados.



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Bolinhos de batata crua ralada, uma "tentação" da culinária judaica.

Uma receita muito simples, típica da culinária judaica, estes bolinhos de batata ralada são deliciosos. Chamados de "latkes", fazem a alegria de qualquer refeição em família. Pelo fato de serem preparados fritos em óleo quente, temos que restringir a quantidade de vezes que fazemos, pois acabaram se transformando em um prato pouco saudável. Aliás, como todas as frituras, deve ser "usado com moderação". Mas, dia de festa é dia de festa, e, com certeza,  podemos nos presentear com uma delícia destas de vez em quando.

Bolinhos de batata ralada (Latkes)

Ingredientes:
01 kg de batatas
02 colheres de sopa de farinha de trigo
01 colher pequena de sal
óleo que baste para fritar

Modo de fazer:
Rale a batata crua no ralo grosso do ralador. Junte a fariha e o sal e misture. Reserve por 10 minutos, para que verta a água que se forma. Escorra o líquido e coloque a fritar em óleo quente , colocando uma colherada de cada vez. Vire para que doure dos dois lados. Leve a escorrer em papel absorvente e sirva bem quente.



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Apfelstrudel, para uma delícia de fim de semana!

Algo que muito pouca gente sabe, é que a Apfelstrudel não é uma receita alemã. Esta torta deliciosa, a base de massa folhada e maçãs é de origem austríaca. Felizmente não precisamos estar na Europa para saboreá-la, muito menos para prepará-la. A grande dificuldade da receita sempre esteve ligada ao entrave de se fazer, em casa, a massa folhada, que deve ser tão fina, a ponto de se poder enxergar o recheio em seu interior, sem que se abra. Hoje já contamos com algumas facilidades, como a massa folhada pré pronta que pode ser encontrada em qualquer supermercado. Basta descongelar e abrir com um rolo, o mais fino que você conseguir. Mesmo que não fique transparente, o resultado vai ficar igualmente maravilhoso.

Apfelstrudel

Ingredientes:
01 pacote de massa folhada pré pronta
08 maçãs picadas em cubos ou cortadas em fatias finas
100 g de açúcar cristal
canela em pó (a gosto)
100 g de passas de uva maceradas em 60 ml de amaretto ou rum por 01 hora
100 g de castanhas de cajú picadas
03 colheres de farinha de rosca doce (ou farinha de trigo, caso não encontre a de rosca doce, que é feita de pão doce torrado e moído).

Modo de preparar:
Abra a massa folhada bem fina com um rolo, conforme as instruções do pacote. Deite em uma assadeira retangular untada e reserve.
Misture os demais ingredientes em uma vasilha e misture bem. Disponha este recheio sobre a parte central da massa e enrole  tipo rocambole, envolvendo todo o recheio e fechando bem as laterias e pontas. Tente fechar bem firme para que o recheio apareça unido quando cortar. 
Leve ao forno pré aquecido a 180º por aproximadamente 30 minutos, ou até que asse e doure. Polvilhe com açúcar de confeiteiro  ( 50 g) e sirva ainda quente. Fica uma delícia acompanhada de chantilly ou nata pura.