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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Lentilha da Fortuna, uma receita diferente para o Ano Novo

Em alguns países da América Latina, como Brasil, Chile e Venezuela, acredita-se que, comer lentilha na noite da virada do ano, trará prosperidade financeira, devido ao formato redondo e achatado da leguminosa, semelhante ao de uma moeda.  Busquei para o blog, uma receita de uma lentilha um pouquinho diferente, preparada com arroz, que é uma delícia e bastante nutritiva. Não necessariamente um prato a parte da ceia, desta forma, a lentilha se transforma em um ótimo acompanhamento para a carne. 


Lentilha da Fortuna

  • 3 colheres (sopa) de manteiga
  • 100 g de bacon cortado em cubinhos
  • 2 gomos de lingüiça calabresa cortada em rodelas
  • 1 cebola grande picada
  • 1 pimenta vermelha picada
  • 2 talos de salsão picados
  • 1/2 talo de alho poro picado
  • 2 xícaras (chá) de lentilha lavada
  • 2 1/2 litros de caldo de galinha (4 tabletes dissolvidos em 2 1/2 litros de água)
  • 2 cenouras cortadas em cubinhos
  • 1 pimentão vermelho picado
  • 2 xícaras (chá) de arroz tipo agulhinha lavado
  • sal a gosto
  • nozes picadas a gosto para polvilhar
  • cheiro verde picado a gosto
Numa panela em fogo médio derreta manteiga e doure bacon cortado em cubinhos e linguiça calabresa cortada em rodelas. Junte cebola picada, pimenta vermelha picada, salsão picado e alho poró picado e refogue até murchar. Acrescente lentilha lavada e caldo de galinha e cozinhe até a lentilha ficar "al dente" (+/- 45 minutos) Adicione cenouras cortadas em cubinhos, pimentão vermelho picado e arroz tipo agulhinha lavado. Abaixe o fogo, acerte o sal e cozinhe por +/- 25 a 30 minutos. Se necessário, acrescente mais caldo de frango para o arroz ficar úmido. Transfira para uma travessa de servir, salpique nozes e cheiro verde picados a gosto.



    


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Para uma manhã de Natal deliciosa

Rabanadas na manhã de Natal é, mais que um hábito, quase uma obrigatoriedade entre as familias norte americas. Aqui no Brasil também é usual servir  esta delícia,  que é, diga-se de passagem, uma extravagância na dieta alimentar, pelo alto teor de gordura . Mas uma vez por ano, podemos nos permitir  ter em nossa mesa esta iguaria, que pode ser servida com frutas, geléias , manteiga ou outro acompanhamento de sua preferência. Segue a receita, que é bem rápida e simples.

Rabanadas

• 2 gemas
• 3 colheres de sopa de açúcar branco
• 1 colher de leite
• 1 colher de nata
• baunilha em pó (opcional)
• 12 fatias de pão de véspera
• óleo
• açúcar em pó
• canela moída 


Coloque as gemas dentro de uma tigela e junte o açúcar. Bata a gemada até obter um creme macio e espesso. Adicione aos poucos o leite e a nata. Bata um pouco mais e aromatize com 1 colher de café de baunilha em pó (opcional). Bata novamente. Molhe o pão com esta mistura e deixe embeber durante alguns minutos. Aqueça bastante óleo numa frigideira ou num recipiente fundo. Frite as fatias, poucas de cada vez, virando-as até dourarem uniformemente. Retire da fritura com uma escumadeira e escorra o excedente da gordura sobre folhas de papel absorvente. Polvilhe as rabanadas ainda quentes com açúcar e canela.


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

"Clericot", refrescante e delicioso!

Tem coisa mais bonita que um "clericot" bem colorido e suave para enfeitar a nossa mesa e agradar ao nosso paladar? De origem argentina, o clericot é uma bebida mundialmente conhecida e , em cada país, tem suas peculiaridades. Pode ser preparado com vinho branco, chamapagnes rosé ou branca. Quanto mais colorido melhor. Segue uma receita básica, que pode ser adaptada ao gosto de cada um. As frutas, quanto mais e mai coloridas, melhor!

Clericot
1 garrafa de champagne
50 ml de cherry brandy
2 garrafinhas de club soda
2 pêssegos picados
2 maças picadas
¼ de abacaxi em cubinhos
½ manga picada
8 morangos picados
1 cacho de uva Itália (cortar ao meio e retirar o caroço)

Como fazer

Macere todas as frutas (menos o morango) com o cherry brandy por 30 minutos. Acrescente os morangos, club soda, o gelo e misture bem. Acrescente o espumante rose e mexa ligeiramente com bailarina ou colher de cabo comprido.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Frutas com Chantilly, perfeito para as festas de fim de ano.

Não há nada mais fácil, nem mais apropriado para as festas de fim de ano. Este é um doce muito bonito e super gostoso. Basta escolher frutas bem firmes e coloridas, cortar em tamanhos regulares e fazer a montagem: Uma camada de frutas (não é salada de frutas, portanto, sem caldo) e outra de chantilly, alternadamente, finalizando com o creme. Nesta receita, utilizei kiwi, cerejas, ameixas, melão, mamão, manga e uvas. Morangos também caem muito bem. Aliãs, esta montagem pode ser feita apenas utilizando uma fruta. Fica igualmente lindo e delicioso. Segue, abaixo,  a receita do chantilly. Quem não tiver tempo, ou não se sentir seguro para fazer, pode comprar pronto em qualquer confeitaria ou super mercado.

Chantilly:

02 potes de 300g de nata fresca  (creme de leite pasteurizado)
1/2 xícara de leite gelado
03 colheres cheias de açúcar.

Coloque todos os ingredientes em uma vasilha e leve a bater na batedeira, cuidando sempre, para que não passe do ponto. Se bater demais, vira uma manteiga com aparência muito feia. Recomendo que não deixe batendo sozinho. Fique por perto, pois em poucos minutos estará no ponto. Quando estiver cremoso e firme, pare de bater. Mantenha no refrigerador.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sorvete caseiro de morangos, como a minha mãe fazia.

Neste calor, tem coisa melhor que um sorvete? Eu sou fã de sorvete feito em casa. Parece que ele fica mais com gostinho de sobremesa, mousse congelada. Esta receita que utilizo deixa bem marcante o gosto do morango e também o gostinho do leite condensado, duas coisas que adoro. Certamente que não tem a cremosidade dos sorvetes industrializados, mas a proposta é outra.  Sorvete feito em casa tem, para mim, gostinho de infância. Lembra o sorvete que minha mãe fazia e colocava nas forminhas de gelo para congelar. Quando gelava e tirávamos os quadradinhos, era a maior festa. E era tudo tão simples, nada das sofisticações que vemos hoje. O de flocos levava chocolate granulado, o de frutas, apenas a fruta liquidificada, e, as vezes, uns pedacinhos. Cada vez mais me convenço que, quanto mais simples a receita, melhor o resultado. Segue a receita do sorvete de morango.

                    Sorvete de Morangos
            
      2 latas de creme de leite sem soro
      1 lata de leite condensado
      200 g de morangos frescos
      Bata tudo na batedeira, em velocidade máxima por 15 minutos Coloque no freezer por 4 horas. Volte a bater por mais 15 minutos para ficar mais cremoso.Adicione alguns  morangos frescos, lavados e cortados em pedacinhos, não bata mais, somente misture.Volte ao freezer e em poucas horas está pronto para servir.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Maçãs Carameladas, um acompanhamento que é quase o prato principal

Para as festas de fim de ano, as frutas cozidas são um excelente acompanhamento para o prato que se for fazer. Seja um peru, ou uma carne assada, nada mais adequado. As maçãs carameladas são muito bonitas e podem ser servidas inteiras. Tudo depende da opção que você fizer no preparo. Corta-las depois de cozidas não é uma boa idéia, pois, como ficam macias, podem perder a forma e não vão ter em todos os lados, aquela aparência dourada, que faz com que fiquem ainda mais apetitosas. A receita que segue é com as maçãs inteiras. Para que fiquem como as da foto, basta corta-las em gomos e polvilhar o açúcar e canela por cima.

Maçãs carameladas

4 maçãs grandes
50 g de açúcar mascavo
2 colheres de chá de canela em pó
3 colheres de sopa de manteiga mole
folhas quadradas de papel alumínio (Tantas quanto forem necessárias)

Modo de Fazer :
  1. Com uma faca fina, retire o miolo das maçãs, de modo que elas fiquem com um buraco no meio
  2. Misture o açúcar e a canela e encha os buracos das maçãs
  3. Espalhe bastante manteiga nas frutas e embrulhe-as em papel alumínio, com duas folhas cada uma
  4. Coloque no forno por 20 minutos ou até que fiquem macias

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Bolo de coco com leite condensado, simples e delicioso


Uma receita deliciosa, o bolo de côco é sempre  uma boa pedida. A calda com leite condensado  deixa molhadinho e o côco natural ralado deixa melhor ainda.
Ingredientes:
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
1/2 xícara (chá) de fécula de batata
4 ovos
100 g de manteiga
200 ml de leite de coco
1 colher (sopa) de fermento em pó
200 g de coco  natural ralado

Para molhar
1/2 vidro de leite de coco
1 lata de leite condensado

Modo de preparo
Na vasilha da batedeira coloque o açúcar peneirado, as gemas e a manteiga, bata. Desligue e junte leite de coco, farinha de trico e fécula de batata (peneiradas). Bata novamente, agregue as claras em neve e o fermento em pó. Coloque em uma assadeira retangular nº2 untada e polvilhada, leve ao forno preaquecido 180° a 200° por 25 a 30 min, retire do forno e deixe esfriar, faça furos sobre ele com o auxilio de um garfo. Regue com leite condensado e o leite de coco misturados previamente. Polvilhe com coco ralado e leve à geladeira por 4 horas.






quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Brincadeira mais sem graça :/


Tenho vivenciado, ou compartilhado, situações completamente inusitadas. Não que seja tão inusitado adoecer, ou morrer subitamente com meio século de vida. Acontece, que na mesma velocidade em que atingi a marca dos 50 anos, coisas impensáveis começaram a acontecer. Amigos adoecendo ou morrendo, assim, do nada. A minha própria saúde fragilizada, minha aparência e de meus amigos mais gastas, mesmo que em boa forma. Afinal, são tantos os recursos que se tem hoje, que fica bem mais fácil não aparentar que estamos envelhecendo. Mas o que me dou conta, é que apesar de todos estes recursos, de nossas mentes liberais e perfeitamente afinadas com nossos filhos adolescentes ou adultos jovens, a idade vai fincando sua bandeira e marcando seu território. O grande problema, é que com todo este marketing sobre a juventude prolongada, a adolescência da maturidade e tudo aquilo que lemos nas revistas sobre recomeçar na vida adulta, trocar de profissão, estado civil ou até de pais, não nos deixa acreditar que o tempo passou e que já vivemos, pensando de forma otimista, mais da metade de nossas vidas. Lembro de quando meus pais tinham 50 anos. Eles eram “velhos”. Se algum amigo deles morria, eu considerava natural, nada mais do que o curso natural da vida. Não sei se estou vivendo uma relação pouco honesta com o espelho, mas eu me sinto muito mais jovem do que os meus pais ou avós eram nesta idade. Talvez porque as roupas e os hábitos deles fossem mais austeros e conservadores. Provavelmente se sentissem tão jovens como eu me sinto. Mas me parece que está sociologicamente oficializado o fato de que hoje as coisas são diferentes. Que além da terceira, já existe uma quarta idade. Que as pessoas são mais longevas e que a juventude virou uma espécie da garantia estendida. E a gente se embriaga com esta possibilidade. Por isto o espanto e descrédito a estas situações difíceis , mas relativamente naturais. De minha parte, não estou gostando nem um pouco disto. Brincadeira mais sem graça esta. Me sinto ainda iniciando a hora do recreio. Alguém pode, por favor, parar este jogo? Eu quero sair!

domingo, 6 de novembro de 2011

Bolo de Maracujá, uma receita leve e diferente




Experimentei uma receita nova, um bolo de maracujá. Ficou delicioso. impressionante como o maracujá transforma qualquer receita em algo especial. Seja em doces ou salgados, o resultado é sempre uma boa surpresa. A receita, bem fácil, foi feita com minha receita de bolo de leite comum, apenas substituindo o leite pelo maracujá. Para a massa, utilizei o suco de maracujá concentrado. Apenas para a cobertura empreguei a fruta in natura.

Bolo de Maracujá

04 ovos
02 xícaras de açúcar
03 xícaras de farinha de trigo
1/2 xícara de azeite
01 xícara de suco concentrado de maracujá
01 colher cheia de fermento em pó
Bata as claras em neve. Reserve. Bata as gemas, o açúcar, acrescente a farinha, o azeite, o suco de maracujá e bata bem. Junte as claras, delicadamente. Por último, o fermento. Coloque em uma forma untada e enfarinhada. Leve ao forno pré aquecido em 180º por aproximadamente 35 minutos. Insira um palito para ver ser está seco.

Calda de maracujá
Polpa de 02 maracujás levemente batidas no liquidificador (cuide para não triturar as sementes)
01 xícara de água
02 colheres de açúcar
1/2 colher de maizena
Misture tudo e leve , em uma panelinha, ao fogo baixo, mexendo sempre, até engrossar levemente.
Despeje, ainda quente, sobre o bolo, ou sirva separado, como apresentado na foto acima.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mousse de chocolate branco com damascos, simplesmente irresistível

Com a proximidade do final do ano, e consequentemente das festas, é aconselhável que comecemos a pensar nos cardápios, de forma a incluir alguns itens diferentes e inovadores em nossa mesa. Esta receita de mousse de chocolate branco com damascos é muito gostosa e sofisticada. A apresentação é tão linda quanto o doce é gostoso. É servir e esperar os elogios. Você pode montar em taças individuais, se preferir. Ficam belíssimas.

Mousse de chocolate branco com damascos

300g de damascos secos, cozidos em uma e meia xícara de água e meia xícara de rum (até que amoleçam). 
04 ovos
180 g de chocolate branco
06 colheres cheias de açúcar
01 caixinha de creme de leite com soro

Cozinhe os damascos até que fiquem macios. Escorra o caldo e reserve.
Bata as 04 claras em neve com 03 colheres de açúcar até que fiquem bem firmes. Bata as 04 gemas com as outras 03 colheres de açúcar até que fiquem fofas e bem claras. Derreta o chocolate branco em banho maria e misture com o creme de leite. Misture, delicadamente às gemas batidas e por último às claras em neve. 
Em um prato fundo transparente coloque uma camada de damascos e cubra com um pouco do creme. Coloque novamente  damascos e por cima o creme. Repita a operação até que terminem os damascos, cobrindo por último com o creme. Leve ao refrigerador. Decore com raspas de chocolate branco. Sirva bem gelado.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A massa colorida e saudável de Gilberto Raskin.

Este prato foi feito pelo meu irmão, Gilberto Raskin, recentemente. Lindo e muito gostoso, é uma massa com legumes, frango e manjericão. O detalhe dos tomatinhos doces conferirarm ao prato, além de um sabor delicioso, uma aparência maravilhosa. A receita é simples, e não muito calórica, se formos comparar os outros pratos de massa. Segue a receita, que pode ser preparada  e servida em uma "paelleira".

Massa com Frango, Legumes e  Manjericão

02 pacotes de spaguetti fininho, (tamanho 5)
02 kg de peito de frango cortado em cubos
01 cebola grande picada
01 maço de brócolis
02 maços de aspargos frescos
02 cenouras cortadas em tirinhas finas
1/2 kg de tomatinhos cereja
100 g de azeitonas pretas sem caroço
01 maço de manjericão fresco

Cozinhe a massa conforme as instruções da embalagem. Lave em agua fria, utilizando um escorredor e reserve. Na paelleira,  esquente um pouco de azeite de oliva e frite a cebola. Acrescente o frango temperado com sal e pimenta. Quando dourar, junte os legumes picados (menos os tomatinhos) e deixe que cozinhem juntamente com o frango. Adicione sal, pimenta, ou se for de sua preferência, algum tempero pronto. Quando estiverem "al dente", junte a massa cozida e misture. Corte os tomatinhos ao meio e joque por cima. Coloque uma tampa e deixe aquecer. Os tomatinhos ficarão mais macios. Abra a panela, acrescente folhas de manjerição fresco e sirva.

domingo, 16 de outubro de 2011

Para uma amiga muito iluminada.


Algumas coisas são difíceis de compreender. A gente faz um plano, um projeto para a nossa vida, e vai, as vezes com algumas turbulências, tentando seguir o roteiro que traçou. Em alguns momentos fazemos uns ajustes na rota, porque coisas que independem de nossa vontade , ou a mudança da nossa vontade se atravessam em nosso caminho. Mas, via de regra, conseguimos ir tocando em frente, sem grandes sobressaltos ou mudanças radicais. Todo mundo está relativamente preparado para receber novidades na vida. Conhecer novos amigos, novos amores, tentar uma nova profissão, um novo hobbie, ideologia ou uma nova dieta. Sabemos que vamos ter que nos defrontar com algumas decepções, problemas financeiros, familiares, rompimentos, algumas limitações físicas. Mas a gente não está preparado para situações de risco e medo. Esta semana, ouvi uma frase interessantíssima: “Ninguém é ateu durante uma pane de avião”. E é bem assim. Tem vezes em que o chão parece se abrir sobre nossos pés. E neste momento, nenhum plano, nenhuma convicção nos faz abrir mão de ter fé em alguma coisa que nos tire deste sofrimento, nos perdoe e nos salve. Nunca ouvimos falar de alguém que em uma situação de morte iminente tenha se dedicado a pensar nas vinganças que não pode concretizar ou nos bens materiais que não conseguiu adquirir. Parece que o risco que estamos vivendo é uma punição, e somente se provarmos que somos pessoas do bem poderemos ser poupados deste castigo. A verdade é que todas as pessoas, do bem, ou nem tanto, são de uma fragilidade infinita. Somos muito pouco, e só nos tornamos maiores quando damos significado a nossa existência. Estas são palavras de uma querida amiga, que está passando por um destes momentos bem difíceis e desestabilizadores. Grosseiramente comparando, somos como máquinas que podem enguiçar, como pequenos insetos que podem ser surpreendidos por uma chinelada. O que nos torna diferentes deles é aquilo que pudemos construir durante a nossa existência. Os vínculos que construímos e o valor que nos conferimos, nos transformando em pessoas indispensáveis para aqueles que nos amam e necessitam. Já houve momentos em que me senti extremamente vulnerável, profundamente atemorizada e sem acreditar que aquelas coisas jamais desejadas estavam acontecendo comigo. Sempre temos uma crença de que algumas coisas só acontecem com os outros. Mas não, assim como o sol, algumas nuvens escuras também pairam sobre todos. O segredo é aproveitar o sol  da forma mais intensa possível, armazenar ao máximo sua energia, para que estejamos nutridos de luz nos momentos de pouca claridade. Estou convencida de que momentos difíceis não chegam apenas para quem fez por merecê-los. E mais convencida ainda de que quem esteve sempre conectado com a luz passa e supera mais facilmente as  difíceis "panes" individuais que a vida apresenta, sem privar os demais de sua beleza e sorriso radiante.  

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Para um Dia das Crianças Ainda Mais Feliz!

Quem não gosta de negrinho? No Rio Grande do Sul, é como chamamos o Brigadeiro. Preparei esta versão mais incrementada para o Dia da Criança, mas quem não tem tanta facilidade, ou mesmo as formas e material necessário, pode reproduzir a receita, substituindo o copinho de chocolate por um copinho de acrílico descartável. Fica igualmente bonito e deliciososo. Os copinhos são recheados com massa de negrinho (ou branquinho) menos consistente e cobertos com um negrinho enrolado e confeitado.
A receita do negrinho já postei anteriormente, mas aí vai novamente:

Negrinho (Brigadeiro)

01 lata de leite condensado
02 colheres de chocolate em pó
01 colher de manteiga ou margarina sem sal.

Misture os ingredientes e leve ao fogo brando, em uma panela pequena, mexendo sempre até que adquira consistência firme  (quando ferve) e  solte do fundo da panela. Para o recheio dos copinhos, retire do fogo quando começar a ferver. Para enrolar, espere até que fique mais firme. O branquinho tem a mesma receita e modo de preparo. Apenas suprima o chocolate em pó dos ingredientes. Enrole as bolinhas e cubra com os confeitos que desejar.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Marzipan , deliciosamente energizante!


A amêndoa é uma  oleaginosa rica em proteínas e gorduras boas que ajuda a  garantir energia e disposição. O Marzipan é uma pasta doce, deliciosa, a base de amêndoas e açúcar que pode ser utilizado das mais diversas maneiras. Há quem goste de consumi-lo puro, sem misturas ou moldagens. Por sua consistência maleável, pode ser utilizado para a cobertura de tortas (abre-se com um rolo e aplica-se sobre a torta), recheios, e também pode ser modelado, para fazer docinhos decorados (neste caso, mistura-se com corante alimentício) ou bombons. Os da foto foram moldados em uma forma própria para chocolates e desenformados. Em seguida, receberam uma camada de chocolate meio amargo derretido em uma de suas extremidades. A receita não poderia ser mais fácil. Vale conferir e experimentar!

Marzipan
Algumas gotas de essencia de amêndoas (meia colherinha de chá)
500 gramas de amêndoas descascadas e peladas
500 gramas de açúcar
3 claras
Modo de fazer:
Moer as amêndoas e misturar bem com a essência e o açúcar. Colocar em uma panelinha, acrescentar as claras de ovo e levar ao fogo em banho-maria, mexendo sem parar. Quando estiver uma massa firme e aparecer o fundo da panela, retirar do fogo e deixe esfriar. Enrolar em papel filme e levar ao refrigerador. 


 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Macarrão com queijo, para a alegria da criançada!

Com o dia das crianças se aproximando, nada mais justo do que dedicarmos algum espaço para as receitas que são as favoritas da criançada. O macarrão com queijo é quase uma unanimidade , e agrada tanto os pequenos quanto os grandes. É uma ótima opção para um jantar em família, pois além de gostosa, seu preparo é bem rápido e o que tem de calórica, tem de econômica. Os ingredientes são faceis de encontrar e não são caros! É aquele tipo de prato que normalmente pode ser feito de última hora pois os  ingredientes costumam habitar as nossas despensas e geladeiras , para os mais diversos usos.

Macarrão com Queijo

01 pacote de 500g de macarrão (pode ser no formato que voce desejar)
1/2 copo de creme de leite (pode ser o pasteurizado, conhecido como nata)
01 copo d requeijão cremoso
02 colheres de sopa de mostarda
01 cebola pequena picada
óleo para a água da massa e também para fritar as cebolas
sal e pimenta a gosto

Cozinhe o macarrão conforme as instruções do pacote. Cuidando para colocar um fio de óleo e sal na água do cozimento. Após cozido, retire da água, escorra e lave com água bem fria. Reserve.
Em uma panela média, frite as cebolas (previamente picadas) no óleo quente. Acrescente a nata, o creme de leite, a mostarda o sal e a pimenta. Despeje a massa já cozida na panela e misture bem, até que esteja toda envolvida no molho. Despeje em uma travessa, polvilhe com queijo ralado e sirva.




quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Bolo de Mel. Para que tenhamos todos, judeus e não judeus, uma ano bem doce.


O Ano Novo Judaico, conhecido como Rosh Hashaná, é um dos feriados mais significativos da religião judaica.  Tão difundido culturamente, podemos observar que nesta época, judeus e também não judeus cumprimentam-se e reciprocamente desejam o doce início do novo ano . Por isto, achei oportuno utilizar este espaço para falar um pouco mais sobre a data, seu significado e origem. Certamente, que não poderia faltar algo relativo à culinária específica. Nada mais significativo do que o bolo de mel, presente em, todas as mesas da comemoração.
Ao contrário das celebrações dos finais de ano convencionais, comemorados com muitas festas e queimas de fogos, esta passagem da mística judaica envolve uma profunda meditação sobre o passado, durante a qual se faz um balanço de tudo que passou no ano que ficou para trás, o que se concretizou, o que se deixou de realizar, como se agiu, de que forma se poderia ter atuado, entre várias outras questões existenciais. A partir daí, planeja-se um período melhor no futuro, as pessoas têm a chance de avaliar seus erros e se redimir de seus pecados diante de Deus.
Esta festa é realizada com refeições tradicionais em família, geralmente acompanhadas de maçã e mel. O Rosh Hashaná é um dos dois Grandes Feriados do judaísmo. O outro é uma seqüência deste, o Yom Kipur, que se inicia dez dias depois do Ano Novo Judaico. Juntos, eles tecem o que se conhece como a era dos Grandes Feriados.
De fato, o Rosh Hashaná abrange quatro eventos que se interconectam: o Ano Novo judaico, o dia do julgamento, o dia da lembrança e o dia do toque do shofar. Estes acontecimentos estão essencialmente ligados à criação do Homem, a qual, segundo o Talmud, teria se concretizado no primeiro dia do mês chamado de Tishrei. Assim, este evento marca o dia em que essa geração se processou, como se a cada ano se reciclasse este ato criador, oferecendo a todos a oportunidade de se renovar e de se purificar, conquistando assim um novo recomeço.
Assim que os judeus fugiram do Egito, o Criador transmitiu a Moshe Rabenu as leis que se referem ao princípio de cada mês, o qual normalmente ocorre simultaneamente ao nascer de cada nova lua. Desta forma, ao fim de um ciclo de 19 anos, os judeus acrescentam um mês a mais para contrabalançar o calendário lunar, mais curto. Aliás, o calendário da religião judaica, ao contrário do gregoriano adotado pelo Ocidente, foi estabelecido por Hillel II, em meados de 359, fundamentado não só no sol, mas também na lua.
Traduzindo, Rosh Hashaná significa ‘cabeça do ano’, uma referência à importância do cérebro para o Homem na estruturação de sua existência, mas ao contrário da tradição ocidental, ele não incide sobre o primeiro dia do ano judaico, portanto é mais representativo do que algo exato, preciso. É uma forma de oferecer a cada um o dia do julgamento, durante o qual o homem pode se decidir pela retificação de seus erros, por meio do arrependimento – teshuvah -, da oração – tfiloh – e da caridade – tzedakah. O judeu é valorizado em seu livre arbítrio, ele tem o poder da escolha que parte da consciência, detém o potencial de mergulhar em si mesmo e de perceber o que deve ser mudado. Ele então é ‘inscrito e selado no Livro da Vida’, saudação comum entre os judeus neste momento.
Os judeus acreditam que seus nomes são, neste período, registrados neste Livro da Vida. Aí entra a importância do Yom Kipur na seqüência, quando este Livro é selado. Enquanto este momento não chega, considera-se que o indivíduo está vivendo os dias de temor. O dia da lembrança marca a rememoração do quase sacrifício de Isaac, filho de Abraão, pelo próprio pai, a pedido do Senhor, ato de extrema subserviência a Deus, recordando assim a cada judeu a importância de servir ao Criador. O shofar é um instrumento de sopro construído com chifre de carneiro. O soar dele redesperta na memória dos judeus o episódio de Isaac, traz à mente a lembrança de uma coroação e também comemora a criação da Humanidade, além de despertar os judeus para a presença de Deus em suas vidas.
Durante os banquetes realizados ao longo de duas noites, os judeus costumam submergir a Chalá, pão particularmente trançado, e pedaços de maçã em mel, representando assim suas expectativas quanto a um ano doce. Tudo que é então consumido, de frutas a vegetais, têm não só um sabor especial, mas também uma simbologia específica. Ao se comer cada alimento, faz-se antes um pedido. Alguns destes desejos estão de certa forma associados ao nome da comida, em hebraico.

Obs: As informações acima são baseadas no descrito no site

Receita do Bolo de Mel (onek leikech)

Ingredientes
03 ovos
01 xícara de açúcar
02 xícaras de farinha de trigo
meia xícara de mel
meia xícara de azeite
meia xícara de café passado
100 g de passas de uvas brancas maceradas em meia xícara de cachaça
100 g de nozes ou castanhas do pará picadas
01 colherinha de bicarbonato de sódio
01 colher de sopa bem cheia de fermento em pó

Modo de fazer
Inicie por colocar as passas de molho na cachaça. O ideal é fazer isto no dia anterior. Bata os ovos com o açúcar até ficar um creme fofo. Adicione a farinha, o mel, o café e o óleo.  Junte as castanhas (ou nozes) picadas e as passas, colocando junto, a cachaça na qual estavam de molho. Por último, acrescente o fermento e bicarbonato. Leve ao forno 200º em forma untada e enfarinhada por aproximadamente 30 minutos, ou até que esteja assado (verifique introduzindo um palito).

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Maionese caseira, o sabor que faz toda a diferença.

Quem não gosta de salada de batatas com maionese? Quando criança, eu era apaixonada. Com o tempo, fui perdendo o gosto. Até que comi na casa de amigos uma salada igualzinha a da minha infância e me encantei novamente. Inicialmente não consegui entender o que aquela salada tinha de diferente. Aí soube a resposta. Era preparada com maionese caseira. Na minha casa (casa dos meus pais), desde o advento da maionese industrializada, nunca mais se fez maionese. Meu pai sempre teve muita preocupação com o emprego do ovo cru, da possibilidade de estar contaminado ou vir a desenvolver bactérias. Não que ele estivesse errado, mas o gosto, ah o gosto faz toda a diferença. E fazendo em casa, para consumo próprio e em seguida,  cuidando na seleção dos ingredientes, não há o menor problema. Calórica a maionese industrializadfa também é. Portanto, vale caprichar de vez em quando e incrementar a salada do domingo com aquele sabor especial. A receita é simples demais.

Maionese Caseira

02 ovos
01 colher de sopa de vinagre branco
01 colher de chá de mostarda
01 colher de chá de sal
1/2 xícara de óleo de oliva
Azeite, o quanto baste para dar o ponto.

Bata todos os ingredientes no liqüidificador, menos os óleos . Tire só a tampinha de cima  vá acrescentando, aos poucos, o óleo de oliva. Quando acabar, vá colocando o outro azeite, num fio, até que a maionese dentro do liqüidificador chegue no ponto que você desejar. Se quiser, pode adicionar salsa e/ou cebolinha picadas.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pasta Temperada de Atum. É vapt vupt!

Uma delíciosa opção para aperitivar, servir de entrada ou mesmo para o lanche, a pasta de atum é uma daqueles "coringas" que temos quando não há muito tempo para preparar alguma coisa. Sabe aquela visita que chega sem avisar?  Se você servir esta pastinha, vai pensar que estava  sendo esperada. Caprichando na apresentação, então,  com torradinhas ou pãezinhos variados, fica lindo e gostoso. Eu tenho sempre uma ou duas latinhas de atum na despensa.  Just in case...

Pasta Temperada de Atum

1 lata atum em pedaços
3 colheres de sopa maionese
2 colheres de sopa mostarda amarela
2 colheres de sopa aipo picadinho
2 colheres de sopa de picles (pepinos) picadinho
2 colheres de sopa de cebola roxa picadinha (passar água fervente)
Salsa e cebolinha

Misture bem todos os ingredientes, inclusive o líquido (óleo) que vem com o atum. Leve ao refrigerador e sirva. 


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sem mistérios, a beleza do cupcake antes e depois!


Mais de uma vez me pediram uma receita de cupcake que não se quebrasse quando retirado da embalagem, ou que ficasse grudado no papel, perdendo a beleza na hora de ser consumido. Felizmente, nunca tive esta experiência, pois, como o da foto, meus cupacakes ficam sempre inteirinhos e ainda super apetitosos. Desta forma, vou repetir a receita dos cupcakes de chocolate, que é praticamente a mesma receita do bolo de chocolate, já postada neste blog. Acho que o segredo para um resultado de um cupcake fofo e consistente é não exagerar no açúcar. Preencher as forminhas somente até a metade é também uma dica para que não escorram e se "colem" na parte externa do papel, o que compromete a estética do bolinho.

Cupcakes de chocolate (rende 24 unidades)

3 ovos inteiros
1 xícara e 1/4 de açúcar
1/2 xícara de chocolate em pó
2 xícaras bem cheias de farinha de trigo
1/2 xícara de azeite
1 xícara de leite
1 colher de sopa de fermento

Na batedeira, inicie por bater ovos e açúcar. Quando estiver bem fofo, acrescente o chocolate em pó. Aos poucos, vá juntando a farinha, alternando com o leite e o azeite. Por último, e mexendo com a mão, junte o fermento. Despeje até a metade de cada forminha e leve ao forno pré-aquecido a 180°  por aproximadamente 20 minutos ou até que cresçam e fiquem sequinhos. Utilize a cobertura que desejar. Os da foto estão cobertos com doce de leite. Você pode utilizar negrinho, chantilly ou outro creme de sua preferência.




domingo, 18 de setembro de 2011

A deliciosa simplicidade do Pudim de Leite Condensado

Existem algumas receitas que são quase uma unanimidade. O Pudim de leite condensado é uma delas. Simples de fazer, não há quem não conheça ou nunca tenha provado. Aliás, difícil encontrar um cozinheiro que nunca tenha feito. O segredo da minha receita é caprichar no leite condensado. Coloco sempre duas partes de leite condensado para uma de leite, sejam quais forem as quantidades.  

Pudim de Leite Condensado

Ingredientes:
02 latas de leite condensado
01 lata (utilize a medida do leite condensado) de leite
04 ovos
01 xícara bem cheia de açúcar

Modo de fazer:
Inicie por caramelar uma forma de pudim. Despeje a xícara de açúcar na forma e leve ao fogo. Não mexa, até que derreta por completo. Quando estiver derretido e bem dourado, espalhe pelas laterais e centro da forma. Reserve.
Bata os ovos, o leite e o leite condensado no liquidificador. Despeje esta mistura na forma caramelada. 
Feche a forma (as formas de pudim tem tampa) e coloque em uma panela com um pouco de água (banho-maria) e deixe ferver por 50 minutos. Desligue o fogo e deixe o pudim esfriar dentro da panela. Desenforme depois de bem frio. Leve ao refrigerador.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Rosbife com pimenta do reino e tomilho Para variar o cardápio.

Tem dias em que dá uma vontade de comer algo substancioso e que não dê muito trabalho para fazer. Normalmente  faço uma carne de forno ou um rosbife no final de semana. O segredo está em comprar um bom peso de carne macia, temperar direitinho e cuidar para que não asse demais. Esta receita de Rosbife com pimenta e tomilho é uma delícia e super fácil de preparar. Para acompanhar, um arroz branco e uma salada verde. Simples assim.

Rosbife com Pimenta do Reino e Tomilho

1.200 kg de filé mignon (pode utilizar alcatra)
01 colher de chá de pimenta do reino preta em grão
01 colher de chá de pimenta do reino branca em grão
01 colher de chá de tomilho
sal grosso
01 colher de chá de óleo de oliva

Moer grosseiramente as pimentas e misturar com sal e o tomilho. Pincelar a carne com óleo, envolvê-la com a mistura de sal grosso, pimenta e tomilho. Colocar em uma assadeira e levar ao forno com a temperatura de 200º por 25 minutos, tendo o cuidado de virar a carne depois de 12 minutos e meio. Depois de assada, esperar um pouco antes de cortar, para que fique rosada.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Os Morangos da Perdição do Professor Velloso



 O professor de Biologia Ricardo Velloso, do Grupo Educacional Unificado,   começou a se interessar pela gastronomia em 2001. Influenciado pela cultura gastronômica de alguns países que conheceu (principalmente os do Caribe, França e Tailândia) iniciou  o interesse pela magia da cozinha onde a partir daí realizou vários cursos: Curso de Novos do União Cooks, Cozinheiro em Alta Gastronomia com o chef Aires Scavone, curso de Risotos no ICIF (Instituto Italiano de Culinária para Estrangeiros, em Flores da Cunha), curso de Padeiro e Confeiteiro no SENAC, entre outros. Participou de concursos e teve receita selecionada e publicada no Caderno Gastronomia de ZH de setembro de 2006. Em novembro do mesmo ano, obteve publicação inteira no mesmo caderno (Risotos de Natal). Das suas receitas publicadas pelo caderno ZH Gastronomia, Beth Duarte publicou quatro em um livro chamado Sabores Contemporâneos, que é um resumo das principais receitas do ano que são publicadas no jornal Zero Hora e em 2008 teve uma de suas receitas publicadas na revista Alta Gastronomia de SP. Em 2007, Velloso ingressou no curso de Gastronomia da Unisinos e a partir daí não parou mais; deu aula de risotos na Blue Ville, realiza cursos de chocolate em São Paulo anualmente e desde então vem realizando eventos particulares, foi, ainda, estagiário do chef Rafael Jacobi, no Restaurante WOK. Para o blog, o Professor Velloso preparou uma receita especial, a irresistível sobremesa Morangos da Perdição.



Morangos da Perdição (serve 2 pessoas)

08 morangos inteiros e 02 cortados para decorar
02 fisális (para decorar)
02 cálices de licor de laranja  (contreau ou curaçao)
100 g de chantilly
100 g de calda de chocolate
05 collheres de sopa de açúcar
50 g de Nutella
50g de castanha de caju picada
50g de chocolate meio amargo  

Num recepiente, colocar os morangos cortados em 4, adicionar o açúcar e deixar macerando por uma noite.Derreter o chocolate meio amargo e mergulhar a taça de cabeça pra baixo para molhar somente a borda. Em seguida passar a taça num recepiente com castanha de caju picada para fazer a crosta e reserve.Misturar nutella à calda de chocolate morna e montar a sobremesa na hora de servir da seguinte forma:Coloque a calda de chocolate com a taça inclinada e girando para que ela escorra, acrescente no fundo da taça os morangos picados com um pouco da sua calda e o licor. Cubra os morangos com chantilly e por cima mais calda de chocolate e vá intercalando nessa ordem (morango, chantilly e chocolate) até encher a taça. Por fim, decore com um morango na borda da taça e uma fisális. Outras opções: use bastante a criatividade na decoração, usando folhas de hortelã e se quiser ousar, coloque também uma pimenta dedo de moça pequena cortada em 4 no sentido do comprimento, para dar aspecto de uma flor de pimenta. Faça um caramelo e mergulhe a fisális nesse caramelo, pois ela terá um aspecto muito brilhante. Substitua os morangos por frutas vermelhas (amora, mirtilo, framboesa) e se quiser uma versão NADA LIGHT, coloque por cima de tudo uma bola de sorvete de sua preferência e cubra com uma geléia de frutas também de sua preferência. E saia do regime pelo menos uma vez na vida...hehe.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Bolinho de peixe, passo a passo, a caminho de sua mesa.

O bolinho de peixe, "guefillte fish", é uma receita tradicional da culinária judaica. Prato obrigatório em todas as festividades, é relativamente fácil de fazer. As pessoas acham que é difícil, mas não é mesmo. Encontrei no youtube um vídeo explicativo com a receita, do centro da Cultura Judaica, editado pela Veja SP. Reproduzo abaixo, desejando ajudar aos meus visitantes nesta tarefa não tão árdua de fazer em casa seus próprios bolinhos de peixe. O ano novo judaico está se aproximando, quem sabe não é hora de colocar a mão na massa? Para assistir ao vídeo, clique no link abaixo.


Segue a receita por escrito.

Bolinho de peixe
1,5 kg de filé de carpa
1,5 kg de filé de traíra*
6 cebolas
6 ovos
2 col. (sopa) de azeite
2 col. (sopa) de água com gás
1 pitada de sal
1/2 xíc. (chá) de açúcar
Pimenta-do-reino branca a gosto
1 xíc. (chá) de farinha de matzá (ou de rosca)
*Compre os peixes inteiros e peça para cortar em filés. Guarde as cabeças e espinhas para fazer o caldo.
Caldo (para cozinhar)
4 talos de salsão em pedaços
3 cebolas inteiras
6 cenouras inteiras
Carcaça dos peixes (cabeças e espinhas)
Água (suficiente para cobrir a carcaça)
Sal e pimenta a gosto
Modo de preparo
Caldo
Em uma panela grande, coloque todos os ingredientes do caldo e deixe ferver por cerca de 20 minutos.
Coe e separe as cenouras. Corte-as em rodelas para que sejam usadas na hora de servir.

Bolinho de peixe
Num processador de alimentos, coloque as cebolas e os ovos e bata até obter um creme espumante.
Acrescente os pedaços de peixe previamente triturados e mexa bem. Passe a mistura para uma tigela grande e acrescente o azeite, a água com gás, o sal, o açúcar e a pimenta.

Agregue todos esses ingredientes e, por último, coloque a farinha de matzá (pão ázimo). Mexa com as mãos até dar liga. Deixe descansar na geladeira durante 1 hora.
Em seguida, umedeça as mãos com água e molde os bolinhos (que devem ter o mesmo tamanho de um ovo grande). Mergulhe-os no caldo de peixe e cozinhe por 45 minutos.
Escoe e coloque os bolinhos em um prato. Enfeite cada um deles com uma rodela de cenoura. Sirva frio.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O Marco Zero de cada um. Todos temos nosso apocalipse particular.



Impressionante o poder que temos sobre nós mesmos quando nos deixamos levar pelas marés de nossos sentimentos. Certamente que não me refiro apenas aos bons , aos nobres e enaltecedores. Estou já, há dias, tentando escrever sobre isto, mas a inspiração simplesmente não vinha. Sumiu por uns tempos, junto com minha alegria, vontade de produzir e encontrar os amigos. Tudo por conta de uma experiência difícil que vivi, na qual me percebi completamente invadida por sentimentos de impotência e tristeza. Levei uma goleada da minha fragilidade, que existe, eu sei, mas que sempre ficou ali, escondidinha e bem administrada , no último lugar da minha lista. Por conta de um problema de saúde, entendi que tudo aquilo pelo que lutei e me empenhei uma vida inteira poderia se perder em um segundo. Entendi, também, que a gente tem que aprender a dar real significado a tudo na vida. Em tempos de rememorar o fatídico 11 de setembro (de 2001), momento em que as pergunta da hora é : "Onde você estava naquele dia?" , me dou conta que cada um tem o seu próprio apocalipse. Eu, por exemplo, naquele momento, estava vivendo o fim do meu casamento. Outras pessoas estavam perdendo seus empregos, se descobrindo doentes, recebendo uma ordem de despejo, sendo vítimas da violência doméstica ou urbana. A grande lição que o atentado às Torres Gêmeas deixou, na minha opinião, é a de que pode, deve haver um marco zero após uma catástrofe de qualquer dimensão. Um novo começo, uma nova construção. A cada tragédia, uma  perspectiva diferente que se apresenta. A obrigatoriedade de refletirmos sobre os fatos que tanto nos abalaram nos leva a um inevitável crescimento. Se tivemos a sorte de sobreviver ao inusitado, o que nos resta senão recomeçar com mais consciência de que a vida deve ser muito mais valorizada e cada momento vivido muito mais intensamente? Rever valores, aprender a medir o que nos confere verdadeira luz e força na vida devem ser os alicerces deste novo marco zero. Quando estava me sentindo muito mal, o que mais lamentei (além de estar fora de minha casa e longe de meus filhos) foi estar distante da minha cozinha, de meu trabalho e das tarefas simples do dia a dia. Entendi, então, que o que realmente ilumina a minha vida não são grandes projetos ou eventos glamourosos. A minha felicidade está muito mais perto do que jamais supus. A ordem do dia agora é degustar cada pedacinho da minha rotina, abrir bem as janelas da minha alma e receber toda a luz que existe no universo. Conferir valor ao milagre de estar viva e perto de meus amigos. Infelizmente, outros 11 de setembro virão, pois a humanidade ainda tem muito a aprender e o rumo da vida é mesmo desgovernado. É necessário que aprendamos a focar as luzes nas pequenas mas imensuráveis coisas que dão sentido à nossa existência. Não são imprescindíveis grandes amores, eventos ou festas para que sejamos felizes. Cada um tem a obrigação de descobrir o que mantém sua chama interna acesa. E alimentar este fogo todo dia, na medida exata. Nem tão fraca para que não apague, nem tão forte para que não nos queime.