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sábado, 6 de agosto de 2011

As coisas simples da vida: Nem só de caviar vive o homem.



Recebi este video por e-mail, e adorei. Só serviu para corroborar o sentimento que tenho, há anos, em relação à necessidade que algumas pessoas tem de valorizar somente o que é caro, glamouroso, sofisticado ou difícil de conseguir. E acho que isto não se aplica unicamente às comidas, vinhos, carros, viagens ou restaurantes. Serve para tudo na vida. Tem gente que se diverte muito mais em um fim de semana na praia do que outros em um mês em Paris. Se perguntarmos para um dono de um fusca 79 bem conservadinho quais são suas melhores lembranças com seu carro, com certeza ouviremos inúmeras histórias transbordando de carinho. Agora, faz a mesma pergunta para o dono de uma Mercedes super incrementada. Ah, não tem. Até porque, não dá pra sair muito com ele, o medo de ser sequestrado ou roubado é grande. Ir a lugares diferentes, viagens de aventura ou com o carro lotado de amigos e família  também não são a "cara" de uma Mercedes flamante. Não que eu tenha qualquer tipo de aversão a carros  e restaurantes sofisticados ou a viagens maravilhosas para o exterior. Muito pelo contrário. Só penso que dá também para ser feliz , e as vezes até mais feliz, com pequenas viagens com os amigos, em um carrinho mais ou menos que nos leva onde precisamos e que não se ressente ao ser invadido por um bando de crianças cheias de areia e que espalham salgadinhos por todos os lados. O mesmo se aplica também às relações. Tem gente que cisma em se apaixonar pela pessoa que não lhe dá a mínima atenção. Que não enxerga e nem quer ver as suas qualidades ou o afeto que poderia receber. Em vez de olhar para o lado, para o cara quietinho que lhe ama e segue discretamente, quer aquele que se acha a última bolacha do pacote. Via de regra, acaba por não conseguir o objeto de seu desejo e perdendo o outro, que se cansa de ficar invisível. Tem também aqueles que querem, a qualquer preço, se relacionar com pessoas que consideram serem "in", da moda ou em evidência. Frequentam festas sem graça, se aborrecem com conversas insosas e nunca conseguem pertencer ao grupo. Tudo isto enquanto no boteco da esquina seus amigos bebem cerveja e se divertem a noite inteirinha. Para a minha alegria, consigo enxergar que dá para ser feliz com algumas coisas simples e  inúmeros afetos. E isto, não há dinheiro que compre. Tenho a sorte de poder sonhar as vezes com um feijãozinho bem temperado, e me presentear com ele quando chego em casa. Nem só de caviar vive o homem. Existe vida na simplicidade. Quem não ama também o simples, não deseja verdadeiramente ser feliz.

Um comentário:

  1. muito legal. mandei adiante!!!tem muita gente que gosta muito né?
    pena que eu não sei apreciar vinhos. não gosto. só do vinho que virou um bom espumante. destes eu gosto. um beijo

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